Os planos de previdência funcionam em duas modalidades: VGBL e PGBL.
Nos planos PGBL, a contribuição que você faz ao longo do ano pode ser usada para abater do cálculo até 12% da sua renda bruta anual na declaração do imposto de renda. Na prática, significa um abatimento do imposto que vai pagar.
A tributação incide sobre o montante total aplicado, e não apenas sobre a rentabilidade. No entanto, ela é feita somente no resgate, o que pode significar um período sem pagar por esse imposto de 20, 30 anos.
No VGBL, a tributação vai ser feita somente sobre a rentabilidade do seu plano, e não possui o mesmo benefício fiscal.
Então, como escolher a melhor opção?
É muito simples identificar. Se você faz a declaração simplificada do Imposto de Renda, o VGBL é mais adequado pra você.
Mas se você faz a declaração completa, aí pode usufruir do benefício tributário, que te garante, todo ano, um desconto do imposto que você tem a pagar.
Tributação progressiva ou regressiva
Segundo o educador financeiro André Bona, outro aspecto que merece ser avaliado é a forma de tributação. Existe a tributação progressiva e a tributação regressiva. Na tributação progressiva, o funcionamento é o mesmo da tabela de rendimentos do Imposto de Renda. Ela é dividida em níveis de renda, que no caso equivale ao valor do resgate (mensal ou total). Quanto maior o valor, maior a alíquota a ser paga.
No caso da tributação regressiva, isso não existe. Ela é definida de acordo com o prazo que você está investindo. Ela começa com 35% de tributação, e vai caindo 5% a cada dois anos. Assim, quando chegar a dez anos de investimento, você vai reduzir a alíquota a 10%, que é a menor alíquota de imposto de todo o mercado financeiro, em todos os seus produtos (inclusive investimentos).
Desse modo, escolher a forma de tributação é muito importante. Se você está escolhendo um plano de previdência para um planejamento de longo prazo, pode ser que a tributação regressiva faça bastante sentido pra você.
As taxas dos fundos de previdência
O terceiro ponto são os custos do seu plano de previdência. Existe o custo da taxa de administração e o custo da taxa de carregamento.
Graças à concorrência, a taxa de carregamento praticamente não existe atualmente. Na plataforma do BTG Pactual Digital, por exemplo, você tem várias opções disponíveis, e nenhuma delas têm incidência de taxa de carregamento.
Em relação à taxa de administração, é importante observar que a rentabilidade dos fundos de previdência já é informada com a taxa de administração descontada. O que você precisa saber é se a taxa está compatível com aquilo que o fundo entrega como resultado, para que você não tenha uma taxa que penalize a rentabilidade do seu investimento.
O seu perfil de investimento
O quarto item diz respeito ao perfil de risco do seu investimento. Existem planos de previdência que investem 100% em renda fixa, e existem planos que mesclam renda fixa e renda variável.
Os planos de renda variável podem entregar naturalmente uma renda superior à de longo prazo; porém, estão suscetíveis a oscilações.
Se você é um investidor que não suporta ver as oscilações – eventualmente, até negativas – nos seus investimentos, é melhor optar por um plano de perfil conservador, 100% em renda fixa.
Mas se você entende que esse é um investimento de longo prazo, para a sua aposentadoria, e que as oscilações não te incomodam, estude opções mais arrojadas. Então você pode vislumbrar uma expectativa de alcançar rentabilidades superiores, e que, no futuro, seja premiado por ter corrido riscos mais elevados.
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