A volatilidade deve ser especialmente elevada em novembro
Uma série de eventos deve tornar novembro um mês muito volátil para as ações no Brasil e no exterior. As eleições nos Estados Unidos, uma segunda onda de COVID-19 já atingindo fortemente os países europeus e as eleições municipais no Brasil (1º turno em 15 de novembro e 2º turno em 29 de novembro) são uma combinação única que pode abalar os mercados no mês. Dito isso, após a recente liquidação, o earnings yield está em 3,2%, um desvio padrão acima da média. Embora os valuations estejam claramente mais atraentes, a incerteza também é grande.
Carteira se manteve a mesma para o trimestre a frente
Para o mês de novembro estamos mantendo o mesmo portfólio, com as duas últimas inclusões sendo a BB Seguridade por ser uma ótima alternativa de “valor” versus bancos, por sua perspectiva positiva quanto a visibilidade de resultados nos próximos 12 meses e forte pagamento de dividendos (6,4% e 6,1% para 2020 e 2021, respectivamente), assim como a ISA CTEEP (TRPL) pelo seu perfil sólido de geração de caixa e forte perspectiva de dividendos (10,9% e 11,0% para 2020 e 2021, respectivamente). Por fim, continuamos com um portfólio diversificado e sólido, com fortes geradores de caixa, contando com a Taesa, a Engie Brasil e a Telefônica Brasil.
Taesa (TAEE11):
A TAESA é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP), dedicando-se exclusivamente à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão. Atualmente, a companhia possui presença em todas as 5 regiões do país com 36 concessões e 12.725 km de linhas de transmissão.
Olhando um pouco para o histórico de execução da TAESA, vemos que ao longo dos últimos anos ela conseguiu manter uma estabilidade positiva em sua receita líquida – o que demonstra a resiliência de seu modelo operacional e do setor de transmissão de energia, mesmo em momentos mais difíceis da economia – ao passo que conseguiu elevar sua margem líquida de 48% para 81%, com uma margem EBITDA estável próxima a 80% (maior EBITDA do setor de transmissão). A companhia possui uma disciplina financeira muito forte, com um rígido controle de custos, a mais alta nota de crédito nas três agências de classificação de risco (Fitch, Standard & Poor´s e Moody´s) e uma alta diligência no processo de alocação de capital, buscando sempre bons projetos com alta rentabilidade.
Assim, vemos que TAESA possui uma eficiência operacional muito forte, o que garantiu à companhia uma sólida geração de caixa ao longo dos anos, permitindo que a empresa conseguisse distribuir uma boa parcela de seus lucros para os acionistas. A companhia possui um payout (percentual do lucro líquido distribuído em forma de provento) de cerca de 90%, o que sustenta o forte rendimento dos dividendos (e outros proventos) distribuídos aos acionistas, como pode ser visto no gráfico abaixo.
Dito isso, acreditamos que a TAESA continuará com um nível forte de eficiência operacional, entregando bons resultados nos trimestres à frente e, consequentemente, remunerando muito bem seus acionistas através da distribuição de proventos, o que abre espaço para uma forte expectativa do rendimento dos dividendos (dividend yield) de 13,7% e 12,7% para 2020 e 2021, respectivamente.
Telefônica Brasil (VIVT4):
A Telefônica Brasil (Vivo) é a maior empresa de telecomunicações do Brasil atuando com uma ampla gama de produtos e serviços como telefonia fixa e móvel, banda larga fixa e móvel, TV por assinatura, dados, serviços digitais, entre outros.
As operadoras de telecomunicações, em geral, devem superar o desempenho de outros setores, dado seu modelo de negócios resiliente, fortes balanços (principalmente Vivo e TIM) e geração de fluxo de caixa. A Vivo é uma ação especialmente interessante para possuir em tempos incertos, acreditamos. A empresa gera um fluxo de caixa bom e consistente e tem um longo histórico de pagamento de dividendos consideráveis (dividend yield de 6,8% e 6,8% para 2020 e 2021, respectivamente). Embora seus negócios sejam afetados pela esperada desaceleração econômica (principalmente em pré-pagos e B2B), o impacto na receita pode ser contido e deve ser maior do que no EBITDA à medida que a otimização de custos continua.
Por fim, no eventual cenário da proposta conjunta da VIVO, TIM e Claro pelas operações móveis da Oi S.A. ser a vencedora, a companhia se beneficiará diretamente da consolidação do setor, prevenindo a entrada de mais um competidor e garantindo um mercado de 3 players no longo prazo.
Engie Brasil (EGIE3):
A ENGIE integra a maior produtora independente de energia do país, sendo também agente ativo na comercialização de energia. Em 2017, ingressou no segmento de transmissão de energia e, em 2018, adquiriu os 50% remanescentes das ações da ENGIE Geração Solar Distribuída. O ano de 2019 marca a entrada no segmento de gás natural brasileiro ao adquirir participação na Transportadora Associada de Gás (TAG). Ao fim do quarto trimestre de 2019, a empresa contava com uma capacidade instalada própria de 8.711 MW, operando um parque gerador de 10.431 MW, composto por 60 usinas, sendo 11 hidrelétricas, quatro termelétricas e 45 complementares – três a biomassa, 38 eólicas, duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas solares.
A empresa sempre manteve um prêmio frente as demais Utilities devido a uma combinação de liquidez, capacidade de entregar crescimento com disciplina de alocação de capital e pagamento de dividendos. Vemos a empresa com um dividend yield para 2020 e 2021 de 6,0% e 9,0%, respectivamente.
ISA CTEEP (TRPL4):
A ISA CTEEP (TRPL) é a maior empresa privada de transmissão do setor elétrico brasileiro. Por meio de suas atividades e de suas controladas e coligadas, a Companhia atua em 17 estados do país, e é responsável por aproximadamente 33% de toda a energia elétrica transmitida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Em 31 de dezembro de 2019, a capacidade instalada da Companhia (controladora, controladas e coligadas em operação) totalizou 65,9 mil MVA de transformação, 18,6 mil quilômetros de linhas de transmissão, 25,8 mil quilômetros de circuitos e 126 subestações próprias.
Em junho, a ANEEL aprovou um aumento de 9,75% nas receitas (RAP) de 2018 do contrato 059/2001 (incluindo RBSE), de R$ 2.452 bilhões para R$ 2.692 bilhões. O aumento foi impulsionado por um WACC regulatório mais alto e pela inclusão do componente de custo de capital próprio (Ke) no RBSE a receber. Esse aumento gerou uma parcela de ajuste de R$ 892 milhões, que será recebido por um período de três anos até 2023.
Vemos a TRPL sendo negociada a uma TIR real de 7,9%, enquanto entrega um dividend yield de dois dígitos nos próximos anos. Com o substancial fluxo de caixa extra do RBSE a receber recentemente impulsionado pelo componente do custo de capital próprio, acreditamos que a empresa continuará pagando dividendos consideráveis nos próximos anos.
BB Seguridade (BBSE3):
A BB Seguridade Participações S.A. (BB Seguridade) é uma empresa de participações (holding) controlada pelo Banco do Brasil S.A. (Banco do Brasil) e que atua em negócios de seguridade. Suas participações societárias atualmente estão organizadas em dois segmentos: negócios de risco e acumulação; negócios de distribuição. Contando com a rede de distribuição do Banco do Brasil como o principal canal de comercialização de um portfólio completo de produtos com a intermediação de uma corretora própria, a BB Seguridade ocupa hoje posição de destaque no mercado em todos os segmentos em que está presente.
Acreditamos que as ações da BB Seguridade são uma boa alternativa de “valor” versus bancos. A alavancagem aqui é muito menor, a visibilidade dos resultados nos próximos 12 meses é muito mais clara, o pagamento de dividendos é muito mais alto (os bancos foram impedidos de pagar dividendos acima do mínimo estabelecido no Estatuto Social) e o segmento de seguros enfrenta muito menos riscos políticos/regulatórios. Os números do 3T devem continuar mostrando resiliência e acreditamos que o Payout se manterá acima de 80% no ano, portanto esperamos um dividend yield de 6,4% e 6,1% para 2020 e 2021, respectivamente.
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