Carteira BTG BDRs

Estresse nos bancos regionais dos EUA em março foi um evento pontual e não representa um risco sistêmico

O mês de março f icou marcado pelo temor de um estresse no setor bancário americano, com falência de bancos regionais e/ou concentrado em nichos de mercado. A despeito dos eventos, o FOMC continuou ajustando a política monetária após instituir ferramentas de suporte para o sistema f inanceiro, e mesmo considerando o evento de março um “outlier”, adotou posicionamento mais vigilante e deu sinais de proximidade do final do ciclo de alta de juros.

FED não deve cortar juros em 2023, justificando nossa alocação em ativos de qualidade

Ainda assim, ante o conjunto de informações disponíveis, o FED não vê espaço para cortes de juros neste ano, conf litando mais uma vez com o mercado futuro e deixando uma assimetria altista para a curva de juros. Esperamos uma desaceleração mais clara da economia americana após o forte desempenho da atividade econômica no 1T23, em especial com a desaceleração do mercado de crédito. Em relação a Europa, ainda esperamos a manutenção de juros elevados por mais tempo na Europa, reflexo de um ajuste de política monetária mais tardio e uma situação do núcleo de inf lação mais desaf iador, ao passo que o sistema f inanceiro parece mais resiliente.

Duas alterações: Entram Microsoft (MSFT34) e Berkshire Hathaway (BERK34)

No mês de abril, estamos com uma alocação concentrada em ativo s de qualidade, em detrimento a teses com maiores expectativas de crescimento , e/ou que possuam margens menores. Assim, estamos retirando as ações da Freeport (FCXO34) e Ulta Beauty (U1LT34), e retornando com Microsoft (MSFT34) e inserindo a Berkshire Hathaway (BERK34) em nosso portfólio. Em relação a Berkshire Hathaway, gostamos da diversificação das operações da holding, com operações concentradas no setor de Tecnologia (39% de participação na Apple) e o restante do portfólio em setores tradicionais.

Resultados do S&P 500 no 4T22 | Queda de LPA de 2,9% a/a

Apesar da queda do lucro do S&P 500 na comparação anual, pela maior pressão nas margens das companhias, com os impactos do maior nível de inflação, as expectativas do consenso foram reduzidas, e o S&P 500 apresentou surpresa positiva do LPA de +1,4% no consolidado. O setor com a melhor performance foi o de Comunicação, com uma surpresa do LPA de +5,4%, apesar da queda na comparação anual (-1,8%). O setor de Energia apresentou o maior crescimento anual de LPA (+54,5%), mas com um baixo nível de surpresa (+2,0%), com grande parte dos resultados financeiros já precif icados pelo mercado.