A carteira tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de ações sugerindo cerca de 10 ações a cada mês. O processo de seleção dos ativos é realizado pelo time de estrategistas do Research do Banco BTG Pactual, com base em uma análise conjunta ao time de analistas, sem considerar necessariamente índices de referência ou liquidez.
Então, o que está reservado para 2021?
Perspectivas animadoras para a economia global, com a vacinação já em andamento, taxas de juros baixas recorde em todo o mundo e estímulos adicionais (especialmente nos EUA), devem manter o apetite ao risco em níveis relativamente elevados. Do ponto de vista de valuation, o Ibovespa ex-Petrobras e Vale está sendo negociado a 15,2x P/L 2021E, um desvio padrão acima de sua média histórica. No entanto, após o recente declínio nas taxas de juros reais de longo prazo,o prêmio para manter ações está quase um desvio padrão acima da média.
Maior exposição à economia global via Petrobras, Vale e Suzano
Refletindo nosso maior otimismo em relação à economia global, estamos mantendo uma forte exposição a ações que se beneficiam diretamente do crescimento global. Nossa 10SIM inclui Petrobras, Vale e Suzano. Gerdau e Cyrela são as nossas principais opções no universo de ações que se beneficiam das tendências positivas de construção e infraestruturano Brasil.
Preparando-se para inflação e juros mais altos: Itaú e Totvs se juntam
Para aqueles que buscam proteção mais ativa contra o aumento da inflação, nossa escolha é o desenvolvedor de software Totvs (receitas ajustadas pela inflação em um serviço essencial e difícil de substituir). Com a expectativa de elevação das taxas de juros de curto prazo, faz sentido ganhar exposição aos bancos, que também devem se beneficiar da recuperação econômica e de uma base de comparação fraca após um 2020 desafiador. Nossa escolha entre os grandes bancos é o Itaú.
Cautelosos com ações de consumo; Shoppings atraentes demais para se ignorar: Aliansce Sonae!
O aumento da inflação e o fim do pacote de auxílio emergencial em dezembro podem afetar o consumo no Brasil, portanto, limitaríamos a exposição as ações relacionadas ao consumo. As exceções são os shoppings, que ficaram muito atrás em 2020. A nossa Top Pick é a Aliansce Sonae, que caiu 40% no acumulado do ano. B3 e Oi completam o 10SIM. Por questões táticas, estamos removendo TIM, CCR e Magazine Luiza neste mês.
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Vale (VALE3):
A história de transformação da Vale nos últimos anos tem sido notável, marcando o renascimento de um gigante da mineração. A tragédia de Brumadinho tem exercido forças de choque na gestão para mudar os rumos da empresa. Consequentemente, a segurança e uma agenda ESG mais ampla se tornaram metas primordiais de longo prazo, à medida que a Vale busca restaurar a credibilidade junto à sociedade. Ainda assim, estamos convencidos de que a Vale permanecerá altamente “amigável aos acionistas” no futuro (esperamos um dividend yield de 12% em 2021). Os fundamentos do minério de ferro (oferta e demanda) permanecem fortes, já que a demanda da China continua nos surpreendendo (Produção de aço chinesa crescendo ~ 6% no acumulado do ano!), o que levou os preços do minério de ferro acima de US$ 160/t (o início de outro super ciclo?). Embora as ações da Vale estejam inegavelmente baratas sob qualquer métrica, acreditamos que a redução do risco das ações será um processo gradual baseado em três pilares: (i) retorno de caixa; (ii) uma forte recuperação dos volumes e redução dos custos futuros; e (iii) uma percepção ESG que melhora marginalmente (longo prazo). Vemos a ação sendo negociada a 3,0x EBITDA 2021 (diferença relevante para os pares), e a mantemos em nosso portfólio, pois ainda vemos potencial de valorização, mesmo punindo as ações por vários ângulos.
Aliansce Sonae (ALSO3):
No início da pandemia, não estávamos tão positivos em relação aos shoppings. Mas, nos últimos meses, o desempenho operacional dos shoppings tem melhorado muito, assim como para a Aliansce Sonae: (i) as vendas recuperaram muito (88% dos níveis pré-Covid em outubro); (ii) eles têm conseguido arrecadar aluguéis quase em linha com a recuperação das vendas; e (iii) as taxas de vacância não aumentaram muito até agora (queda de apenas 130 bps a/a no 3T20). E apesar do cenário ainda incerto (segunda onda de infecções, descontos, aumento da vacância no 1T21), a Aliansce Sonae tem um balanço sólido com a menor alavancagem entre os pares e acreditamos que as vendas estão se recuperando semanalmente e a probabilidade de uma vacina é muito maior agora (o que é um claro gatilho positivo para shoppings). Além disso, ALSO3 caiu ~40% em 2020, portanto, a ação é extremamente atraente negociando a 14x P/FFO 2021E e rendendo uma TIR real de 8,3% (~500bps spread sobre as taxas de juros reais de longo prazo). Assim, a Aliansce Sonae passa a integrar o nosso portfólio 10SIM este mês.
Petrobras (PETR4):
Nossa visão positiva sobre Petrobras continua refletindo sua resiliência de longo prazo, mesmo sob um ‘novo normal’ para os preços do petróleo, sustentado por ativos de Exploração & Produção de primeira linha. Embora permaneçamos conservadores quanto ao ritmo de recuperação do preço do petróleo bruto, o foco da Petrobras em projetos de alto retorno na área do pré-sal significa que a empresa deve ser capaz de reduzir o ponto de equilíbrio do petróleo abaixo de $30/bbl, abrindo caminho para lucros sustentáveis a longo prazo. Sob a curva de preço do petróleo atual, vemos as ações sendo negociadas com um atraente FCFE para o próximo ano, que vemos como não condizentes com base em uma história de alta convicção de desalavancagem e redução de riscos. Por fim, nossa sensação é que os investidores não estão dispostos a pagar por esse fluxo de caixa até que haja maior visibilidade de que finalmente será pago aos acionistas. Depois de adicionar mais flexibilidade à sua política de dividendos, e com a dívida bruta já em US$ 80 bilhões, realmente achamos que a PETR pode acelerar os dividendos mais cedo do que o esperado. Vemos a PETR como a história de proposição de valor mais assimétrica dentro do universo de empresas que cobrimos.
Gerdau (GGBR4):
Estamos mantendo a Gerdau ao nosso portfólio porque a empresa combina uma série de qualidades que valorizamos: forte crescimento da receita, baixa alavancagem, geração de FCF, pouca exposição cambial e uma tese temática (imobiliário). Acreditamos na força estrutural dos mercados imobiliários no Brasil e esperamos que a demanda por aços longos continue tendo desempenho superior ao dos planos. Pela primeira vez em anos, acreditamos que a empresa está bem posicionada para repassar aumentos de preços e superar as expectativas. Depois de um desempenho forte em 2020, esperamos um crescimento de 12% nas vendas de aço a/a em 2021, com a Gerdau ganhando participação de mercado consistentemente, devido ao seu forte posicionamento no segmento (em expansão) de varejo de construção. Também acreditamos que há um potencial positivo de expandir a lucratividade nos EUA, mas as expectativas continuam baixas (pacote de infraestrutura em algum momento?). Vemos a ação negociando a 5,9x o EV/EBITDA 21, abaixo do múltiplo normalizado de 6,5-7x.
Itaú (ITUB4):
Com as taxas de juros de curto prazo com tendência de alta, faz sentido ganhar exposição aos bancos. Os bancos também devem se beneficiar da recuperação econômica e de uma base de comparação baixa após um 2020 desafiador. Nossa principal escolha entre os grandes bancos comerciais do Brasil é o Itaú. A nosso ver, o Itaú parece estar caminhando na direção certa e tomando decisões acertadas para transformar o banco de dentro para fora. Se eles também conseguirem se destacar na execução, em algum momento poderemos ver os resultados de forma mais clara.
Totvs (TOTS3):
O negócio principal da Totvs permanece resiliente, com oportunidades interessantes de venda cruzada e com uma opcionalidade na frente da TechFin. O histórico comprovado de execução da Totvs é um bom indicador, pois parece alavancar sua base de clientes. As vendas da Totvs estão diretamente relacionadas ao desempenho da economia em geral (ela vende seus serviços em diferentes setores e regiões), portanto, a recuperação da economia deve afetar positivamente as receitas recorrentes da empresa. Além disso, para quem busca uma proteção mais ativa contra o aumento da inflação, a Totvs pode ser uma excelente opção (receita ajustada pela inflação em um serviço essencial e de difícil substituição).
B3 (B3SA3):
Nos últimos 3 meses, a B3 vem com um desempenho inferior ao mercado, o que em nossa visão reflete : i) Volume de transações em ações na B3 perdendo fôlego, com os investidores de varejo (os principais responsáveis pela alta dos volumes) desacelerando na margem; ii) maior risco macro/político; iii) a divisão de Concorrência do Ministério da Economia divulgou um comunicado defendendo a internalização das ordens no Brasil com vista no aumento da concorrência; e iv) a recente rotação das carteiras para ações de “valor”. Mas após o alto volume de vendas no papel, vemos um potencial de valorização decente para as ações da B3. Embora em um ritmo mais lento, os investidores de varejo continuam a aderir à bolsa, os mercados de capitais permanecem muito fortes e os ruídos político e da pandemia continuam contribuindo para a forte volatilidade. Mas com taxas de juros nas mínimas históricas, o tema do “financial deepening” permanece em vigor. Em resumo, reiteramos nossa Compra na ação e mantemos a B3 como uma de nossas Top Picks no Brasil.
Cyrela (CYRE3):
Apesar do surto do Covid-19, estamos vendo uma recuperação rápida de vendas de imóveis domiciliares no segmento de renda média/alta – Cyrela divulgou um forte resultado operacional no 3T de 2020 (com lançamentos crescendo 46% a/a e vendas 58% a/a), considerando os ganhos com o IPO das suas subsidiárias (Lavvi, Plano&Plano e Cury) esperamos um excelente lucro e geração de caixa para o 3T. Isso é impulsionado, principalmente, pelas taxas de hipoteca mais baixas de todos os tempos (os bancos continuam anunciando novos cortes nas taxas de hipoteca). O cenário é incerto, mas reconhecemos que a Cyrela está muito bem posicionada para surfar a recuperação do setor habitacional, pois possui marcas diferentes que atendem a todos os segmentos de renda, enquanto o valuation parece atraente (em 11x P/L 2021E) em um cenário em que as vendas de imóveis continuam sólidas e a empresa aumenta os lançamentos. Com uma perspectiva mais positiva para os próximos meses, estamos mantendo a Cyrela em nosso portfólio 10SIM.
Oi S.A. (OIBR3):
O plano revisado da empresa, aprovado em 8 de setembro, tornou o caso de investimento da Oi muito menos arriscado. Em 14 de dezembro, a Oi vendeu sua operação móvel para a TIM, Vivo e Claro por R$ 16,5 bilhões mais um contrato de capacidade de longo prazo take-or-pay de R$ 819 milhões assinado entre a Oi e as três operadoras. Espera-se que o negócio seja concluído no final de 2021, após a obtenção da aprovação regulatória – a agência reguladora do setor, Anatel, e o órgão antitruste CADE devem aprovar a transação. A venda de sua divisão móvel é outra etapa importante no processo de recuperação da empresa. Com a venda de sua unidade móvel, a empresa já leiloou o equivalente a R$ 18 bilhões, ou 73% dos R$ 24,5 bilhões que a empresa deve arrecadar com a venda de ativos. O próximo passo é o leilão de participação na empresa de infraestrutura da Oi por um preço mínimo de R$ 20 bilhões (a Oi espera levantar R$ 6,5 bilhões por uma participação na InfraCo), previsto para acontecer no 1T21.
Suzano (SUZB3):
Estamos mantendo a Suzano em nosso portfólio porque acreditamos que as ações devem continuar a ter um bom desempenho, dado o ambiente favorável de preços de commodities para os próximos meses. Esperamos que os preços continuem subindo em 2021, uma vez que a demanda deve começar a melhorar ciclicamente (mercado resiliente de tissue (papel sanitário) + recuperação do setor de P&W – segmento de papel de Imprimir e Escrever), e nenhuma adição de capacidade relevante até o final do ano (projeto MAPA da Arauco estendido para o 4T21). Os produtores já implementaram um aumento de preço de US$ 50/t na China e anunciaram um adicional de US$ 30/t a partir de 1º de janeiro – levando os preços para US$ 530/t (nossa projeção é de uma média de US$ 575/t em 2021). Ainda vemos os preços das ações da Suzano em uma reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (~US$ 520/t), o que parece um tanto exagerado para nós. Acreditamos que as ações da Suzano estão subvalorizadas (em uma base normalizada de DCF) e que os investidores estão descontando pouco os benefícios do negócio/corte de custos da Fibria. Embora a alavancagem esteja longe de confortável e possa levar anos para se normalizar, acreditamos que o caminho está claro e consideramos a situação administrável (ainda gerando FCF na baixa do ciclo). Vemos a Suzano sendo negociada a 7x o EBITDA 21 (cerca de 50% é dívida!). Uma das melhores teses ESG da América Latina, em nossa opinião, o que poderia ajudar o sentimento do investidor.
Para informações complementares e detalhadas entre em contato com o seu assessor ou com a Equipe de Renda Variável do Banco BTG Pactual Digital. – Preços das ações refletem preços de fechamento no mercado à vista. – Rentabilidades passadas não oferecem garantias de resultados futuros. – Os retornos indicados como performance são baseados em valorização do capital incluindo dividendos e excluindo custos de transação da B3, da Corretora, comissionamentos, juros cobrados sobre limites de crédito, margens etc. Ajustar o desempenho da carteira aos custos resultará em redução dos retornos totais demonstrados. O conteúdo desse material não pode ser reproduzido, publicado, copiado, divulgado, distribuído, resumido, extraído ou de outra forma referenciado, no todo ou em parte, sem o consentimento prévio e expresso do Banco BTG Pactual S.A. (“BTG Pactual”). As informações desse material refletem as condições mercadológicas na sua respectiva data de divulgação, sendo que eventos futuros podem prejudicar suas conclusões. O BTG não assume que os investidores vão obter lucros, nem se responsabiliza pelas perdas. As informações contidas neste e-mail não podem ser consideradas como única fonte de informações no processo decisório do investidor, que, antes de tomar qualquer decisão, deverá realizar uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos, face aos seus objetivos pessoais e ao seu perfil de risco (“Suitability”).
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Este relatório foi preparado pelo Banco BTG Pactual S.A (“BTG Pactual S.A.”) para distribuição somente no Brasil, sob circunstâncias permitidas pela regulamentação vigente. BTG Pactual S.A. é o responsável pela distribuição desse relatório no Brasil. Nada nesse relatório constitui indicação de que a estratégia de investimento ou recomendações aqui citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário e tampouco constituem uma recomendação pessoal. Saiba mais.
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