25/11/2021
Neutro
Preço alvo: R$39,00
O Banco do Brasil é um conglomerado financeiro controlado pelo Governo Brasileiro (União Federal) e uma das maiores instituições financeiras do país. Possui a maior rede de agências do país e oferece uma matriz diversificada de serviços bancários para o varejo. Além de atuar no setor bancário, também tem operações no mercado de capitais, gestão de recursos, fundos de pensão seguros, previdência e capitalização. O banco atua com grande destaque nos mercados de créditos ao setor agrícola e varejo.
ROE mais forte do que o esperado no terceiro trimestre; ação negociando a ~4x P/L 2021
O BB reportou resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre após o fechamento do mercado. O lucro líquido ajustado atingiu R$ 5,1 bilhões (14% ROE), +2% t/t e 48% a/a, 11% acima de nossas estimativas e do consenso. Mesmo excluindo os ganhos relacionados ao plano de previdência PREVI, que não vemos como “core”, o ganho ainda seria de R$ 4,8 bilhões, ou 4% acima do que tínhamos em nosso modelo. Sim, ganhos de tesouraria e outras receitas operacionais muito fortes (que incluem ganhos da PREVI, entre outras coisas), em teoria duas linhas de resultado de “qualidade inferior”, ajudaram a impulsionar o forte resultado. Mas a margem fiancneira de crédito foi bem, a alíquota efetiva de imposto veio pior do que o esperado (o que significa que o resultado poderia ter sido ainda maior) e as provisões para perdas com empréstimos representaram 113% dos novos NPLs, ajudando na qualidade dos números. O lucro líquido ajustado nos 9M21 atingiu R$ 15,1bi, o que significa que se o anualizássemos, o BB estaria atualmente negociando a um valor muito baixo de 4,3x P/L 2021.
Temos argumentado que o BB poderia ser uma “armadilha de valor” …
Os empréstimos cresceram 6% t/t e 12% a/a. Como consequência, o guidance para o ano foi ampliado. A margem financeira total (incluindo recuperações) foi o principal destaque positivo, com alta de 10% t/t e 15% t/t, 8% acima de nossa estimativa. Margem financeira de crédito (+6% t/t e +13% a/a) e recuperações de empréstimos (+17% t/t e -3% a/a) foram bem, mas os ganhos de tesouraria (+65% t/t e 88% a/a!) foram o principal motivo de um resultado tão acima do consenso. Assim como vimos nos demais bancos, as receitas de serviços e comissões surpreenderam positivamente, auxiliadas pelos segmentos de gestão de ativos e consórcio. Os resultados provenientes de outras subsidiárias, como Cielo e BB Seguridade, também mostraram fortes melhorias em termos de relação/trimestre. Vale destacar, sinalizamos que o OPEX veio um pouco pior do que esperávamos, com outras despesas operacionais compensando parte dos números muito fortes provenientes da linha de outras receitas.
…mas estamos intrigados com o atual valuation
O índice de inadimplência em 90 dias permaneceu praticamente estável em 1,82%. Ainda assim, as provisões brutas aumentaram 43% sequencialmente (-16% a/a), 4% acima do que tínhamos no modelo. Como resultado, o banco provisionou mais do que os novos inadimplentes no trimestre e conseguiu garantir um índice de cobertura muito elevado de 323%. O “core capital” caiu 30 bps sequencialmente, mas atingiu 13,2%, acima dos pares privados. Com um lucro líquido mais forte no terceiro trimestre, o BB aumentou sua projeção de lucro líquido ajustado para 2021 para R$ 19-21 bilhões contra R$ 17-20 bilhões antes (temos R$ 19,5 bilhões em nosso modelo). No geral, achamos que há mais coisas para gostar do que não gostar nos resultados do BB. Na verdade, acreditamos que foi uma temporada de resultados bastante decente para os bancos incumbentes, especialmente para o BB, dado que suas ações estão sendo negociadas (0,6x o VP mais recente e ~4x P/L21). Temos uma recomendação Neutra e há muito defendemos a possível armadilha de valor, mas estamos intrigados. Temos que admitir: quão barato pode ficar para que os investidores se importem?
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primária) – Bancos Latino-americanos podem ser afetados tanto por mudanças econômicas globais quanto locais e estão sujeitos a riscos políticos, de taxa de juros e cambiais. Nossas recomendações são altamente dependentes do nível de risco do país.
Metodologia de Valuation
Nossa principal ferramenta de valuation para bancos latino-americanos é o modelo de crescimento Gordon, que trabalha com níveis de lucratividade, custo de capital e taxas de crescimento esperadas. Nosso preço-alvo de 12 meses de R$ 48 é baseado em um ROE sustentável de 14,0%, custo de capital próprio de 15,0% e crescimento de 8%, produzindo um P/BV alvo de 0,85x, que aplicamos à nossa estimativa de BV por ação para meados de 2022.
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
Neutro
Preço alvo: R$48,00
Resultado do 2T21
LPA no 2T21 10% acima do consenso (14% ROE)
O BB reportou seu resultado do 2T21 na noite passada, com lucro líquido ajustado de R$ 5,0 bilhões (~14% ROE), alta de 3% t/t e 52% a/a. Com a ajuda de provisões melhores do que o esperado, que foram muito baixas pelo segundo trimestre consecutivo, o resultado final foi de aproximadamente 10% maior do que nossas estimativas e das estimativas do mercado. O banco também atualizou seu guidance estimado para o fim de 2021 para margem financeira e provisões para perdas com empréstimos. No ponto médio, o crescimento da margem financeira foi cortado de 4,5% para 2% (+2,1% a/a no 1S21), enquanto as provisões para perdas com empréstimos (líquidas de recuperações) foram reduzidas de R$ 15,5 bilhões para R$ 14,0 bilhões (R$ 5,4 bilhões no 1S) O BB agora espera que o faturamento em 2021 atinja R$ 17-20 bilhões, R$ 1 bilhão acima do guidance anterior. Dado que os lucros ajustados atingiram R$ 10 bilhões no primeiro semestre, a orientação sugere um resultado marginalmente inferior no segundo semestre. O novo guidance está muito próximo dos R$ 18,7 bilhões que temos em nosso modelo.
Margem financeira mais fraca; receitas com tarifas acima do esperado
Crédito cresceu 1% t/t e 7% a/a, impulsionado pelo agronegócio (+3% t/t) e crédito pessoal (+3% t/t), este último alinhado à estratégia do BB de crescer em linhas mais lucrativas. Por outro lado, a carteira de crédito a empresas encolheu 1,5% t/t. A margem financeira bruta total ficou estável t/t e cresceu 8% a/a, principalmente impactada por maiores despesas de captação, que foram parcialmente compensadas por maiores ganhos de tesouraria e operações de crédito. As taxas vieram melhor do que esperávamos, um aumento de 5% t/t e 3,5% a/a, principalmente devido a maiores taxas de gestão de ativos e operações de crédito, que mais do que compensaram as menores taxas de conta corrente, parcialmente relacionadas com menos transferências TED/DOC após As transferências PIX aumentarem recentemente. Na comparação com o 1T21, o resultado também foi influenciado pela receita de outras operações, que foi 27% pior do que esperávamos devido à menor contribuição das subsidiárias.
Boa qualidade de ativos e dinâmica de despesas operacionais
O BB mostrou uma queda acentuada nas provisões para perdas com empréstimos, mais forte do que vimos em seus pares privados, 31% melhor em relação ao que estávamos modelando, já que o banco acredita que as reservas acumuladas em 2020 são suficientes para cobrir o aumento do risco de crédito da carteira até agora. Assim, como as provisões (R$ 5,4 bilhões no 1S21) estão muito abaixo do guidance inicial de 2021 (R$ 15,5 bilhões no acumulado do ano), o BB decidiu revisar suas estimativas, agora com expectativa de atingir R$ 14 bilhões em seu ponto médio. Sinalizamos que o BB entregou mais uma vez um controle de despesas muito bom. O capital principal subiu ~60bps t/t para 13,5%.
Múltiplos semelhantes a 2016, mas com um índice de capital mais saudável
Os resultados do 2T21 foram decentes, especialmente devido às baixas expectativas para o papel. Vemos o BBAS3 sendo negociado com uma avaliação pouco exigente de ~0,6x o último P/VP, o que na verdade não está muito longe do que vimos no final da presidência de Dilma Rousseff em 2015. Por outro lado, na época, seu índice de capital estava muito pressionado, e temíamos a qualidade de sua carteira de empréstimos, uma vez que ela havia agido de forma anticíclica nos 5 anos anteriores. E não é por acaso que o ROE do Banco do Brasil se deteriorou consideravelmente nos anos seguintes.
Um ambiente mais digital, cheio de fintechs/neobanks representa uma grande ameaça; continuamos neutros
Ainda vemos a digitalização se acelerando em um país com possivelmente o mercado de fintech mais concorrido do mundo. Como o Banco do Brasil é um banco público, esperamos que ele tenha mais dificuldade do que seus pares para avançar no ambiente digital. E considerando a alta rotatividade de executivos que vimos recentemente, é difícil prever como o banco pode reagir, levando-nos a permanecer neutros, apesar do valuation barato.
Faça download para conferir a análise completa.
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primária) – Bancos Latino-americanos podem ser afetados tanto por mudanças econômicas globais quanto locais e estão sujeitos a riscos políticos, de taxa de juros e cambiais. Nossas recomendações são altamente dependentes do nível de risco do país.
Metodologia de Valuation
Nossa principal ferramenta de valuation para bancos latino-americanos é o modelo de crescimento Gordon, que trabalha com níveis de lucratividade, custo de capital e taxas de crescimento esperadas. Nosso preço-alvo de 12 meses de R$ 48 é baseado em um ROE sustentável de 14,0%, custo de capital próprio de 15,0% e crescimento de 8%, produzindo um P/BV alvo de 0,85x, que aplicamos à nossa estimativa de BV por ação para meados de 2022.
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
Neutro
Preço alvo: R$48,00
Resultado do 1T21
O lucro líquido ajustado de R$ 4,9 bilhões (15% ROE) ficou ~ 20% acima de nossa projeção
O BB reportou números do 1T21 melhores do que o esperado, com lucro líquido ajustado de R$ 4,9 bilhões (15% ROE), alta de 38% t/t e 43% a/a. O lucro ficou ~20% acima de nossa projeção e do consenso, principalmente devido a provisões para perdas com empréstimos, que parecem insustentavelmente baixas. Mas, no geral, a maioria das tendências foram bem em comparação com nossas estimativas, especialmente a dinâmica mais positiva para a NII (margem financeira) de crédito em relação ao que vimos no Itaú e no Bradesco. E graças às baixas expectativas para o BB, juntamente com seu valuation muito deprimido, acreditamos que o 1T21 pode ser um gatilho positivo para o preço das ações.
Maiores volumes e menor custo de financiamento melhoraram a NII
O crédito cresceu 2% t/t e 5% a/a, impulsionado por crédito consignado (+ 3% t/t) e crédito pessoal (+ 13% t/t), este último alinhado à estratégia do BB de crescimento em linhas mais rentáveis. A carteira de crédito corporativo cresceu 1% t/t e 5% a/a. A NII cresceu apenas 1% t/t e 6% a/a (3% ao acima de nossa projeção). Mas a NII de crédito cresceu 1% t/t, mais do que vimos para o Bradesco e o Itaú com menor crescimento da carteira. Então, achamos que a dinâmica da NII parece melhor do que o que vimos para seus dois pares privados.
Provisões baixas e guidance mantido implicam aceleração nos próximas trimestres
O BB mostrou uma queda acentuada nas provisões para perdas com empréstimos, mais forte do que vimos em seus pares privados, queda de 50% t/t e a/a, 42% abaixo do que estávamos modelando, pois o banco acredita que as reservas acumuladas ao longo de 2020 são suficientes para cobrir o aumento do risco de crédito da carteira até o momento. Portanto, uma vez que as provisões estão correndo muito abaixo do limite inferior do guidance de 2021 (que foi mantido), esperamos que elas acelerem nos próximos trimestres, o que significa que é improvável que haja melhorias nos lucros no curto prazo.
Múltiplos de valuation semelhantes a 2016, mas com um índice de capital mais saudável
Ao todo, os resultados do 1T21 foram decentes, especialmente devido às baixas expectativas para o nome. Vemos o Banco do Brasil negociando com um valuation pouco exigente de 0,6x o último P/BV, o que na verdade não está longe do que vimos em 2015 no final da presidência de Dilma Rousseff. Por outro lado, naquela época, seu índice de capital estava muito pressionado e tínhamos receios quanto à qualidade de sua carteira de empréstimos, uma vez que ela havia agido de forma anticíclica nos 5 anos anteriores. E não é por acaso que o ROE do Banco do Brasil se deteriorou consideravelmente nos anos seguintes.
Um ambiente mais digital com muitas fintechs representa uma grande ameaça; Reiteramos o rating Neutro
Por outro lado, ainda vemos aceleração da digitalização em um país com possivelmente o mercado de fintech mais concorrido. Como o Banco do Brasil é uma empresa de capital aberto, esperamos que ele se esforce mais do que seus pares no ambiente mais digital que tem pela frente. E considerando a alta rotatividade de executivos que vimos recentemente, é difícil prever como o banco pode reagir, levando-nos a permanecer com rating Neutro, apesar do valuation barato. Os números do 1T, entretanto, deve ajudar as ações.
Faça download para conferir a análise completa.
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primária) – Bancos Latino-americanos podem ser afetados tanto por mudanças econômicas globais quanto locais e estão sujeitos a riscos políticos, de taxa de juros e cambiais. Nossas recomendações são altamente dependentes do nível de risco do país.
Metodologia de Valuation
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primário) – Nossa principal ferramenta de valuation para bancos latino-americanos é o modelo de crescimento Gordon, que trabalha com níveis de lucratividade, custo de capital próprio e taxas de crescimento esperadas. Nosso preço-alvo para 12 meses de R$ 44 é baseado em um ROE sustentável de 14,5%, custo de capital próprio de 14,5% e crescimento de 8%, produzindo um P / BV alvo de 1,00x, que aplicamos em nossa estimativa de BV por ação em meados de 2021.
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
Neutro
Preço alvo: R$48,00
Resultado do 4T20
Resultados fracos no 4T; LPA em linha com o consenso devido à taxa de imposto quase zero
O BB reportou resultados do 4T mais fracos do que o esperado. Enquanto o lucro líquido ajustado de R$ 3,7 bilhões (ROE de 12%) ficou muito próximo do consenso, a alíquota de imposto foi praticamente zero. Na verdade, o lucro antes dos impostos foi mais fraco do que nossas estimativas em praticamente todas as linhas: NII (margem financeira), receitas de serviços (fees), outras receitas/despesas e provisões para perdas com empréstimos. O bom controle de OPEX e o capital principal, que subiu 50 bps para 13,6%, foram destaques positivos. O guidance para 2021 foi dado, com lucro líquido de R$ 17,5 bilhões no ponto médio da faixa, 1% acima do consenso e 3% abaixo dos R$ 18 bilhões que temos em nosso modelo.
A receita ficou um pouco aquém das expectativas, apesar da recuperação mais forte dos empréstimos
O crédito cresceu 2% t/t e 10% a/a, impulsionado pelo crédito a pessoa física (+ 3% t/t) e pelo crédito a PMEs (+ 11%), este último apoiado por programas governamentais. Os empréstimos para grandes empresas tiveram um desempenho melhor do que no 3T, expandindo 6% t/t e 13% a/a. Por sua vez, a NII de crédito expandiu 1% t/t (queda de 7% a/a), um pouco abaixo de nossa estimativa. As receitas de serviços (fees) também ficaram abaixo de nossas projeções, com alta de apenas 1,5% t/t e queda de 1,6% a/a. Ainda, outras receitas/despesas foram impactadas em cerca de R$ 1 bilhão com riscos legais devido a provisões trabalhistas/cíveis. Para o ano completo, no entanto, os riscos legais totalizaram R$ 4,2 bilhões, queda de ~50% a/a.
Provisões mais altas e riscos legais explicam lucros antes de impostos caindo 18% t/t
As provisões brutas para perdas com empréstimos ficaram 11% acima do que estávamos modelando, ficaram estáveis t/t e aumentaram 37% a/a. O banco já indicava provisões prudenciais adicionais no 4T e contabilizou outros R$ 2 bilhões no trimestre, totalizando R$ 8 bilhões em 2020. O índice de inadimplência continuou melhorando, caindo 50 bps sequencialmente para 1,9%. Porém, a carteira de crédito em período de carência totalizou R$ 130 bilhões (20% do total dos empréstimos), aumento de 19% t/t, pois o BB concedeu a quarta rodada de carências desde março de 2020 (a última entre out-dez de 2020). A maior parte está relacionada a empréstimos para o setor público e folhas de pagamento, e parte a empresas.
Bom controle de OPEX; Devido ao ruído recente, realmente esperamos obter a confirmação do novo plano de eficiência
Despesas de pessoal e administrativas foram destaques positivos, com alta “apenas” 4% t/t (queda de 6% a/a), levando 2020 a ficar estável vs. 2019. Em janeiro, o BB anunciou uma grande reestruturação de agências e lançou um novo programa voluntário de demissões, que deve trazer um impacto líquido de R$ 350-400 milhões já este ano, e de R$ 1,0 bilhão a partir de 2022. Esperamos obter a confirmação do plano amanhã na conferência de resultados, principalmente depois de todo o ruído que se fez em Brasília. O capital principal aumentou 50bps t/t para saudáveis 13,6%. Para obter mais detalhes sobre os resultados do 4T, consulte a Tabela 1.
Guidance aponta lucro líquido de R$ 17,5 bilhões, em linha com consenso
O BB também divulgou seu guidance para 2021. A expectativa é de crescimento do crédito ampliado de 8,0-12,0%, com o crédito para pessoa física crescendo 9,0-13,0%. O crescimento da NII é visto em 2,5-6,5%, acima dos ~2% que tínhamos em nosso modelo. Para receitas de serviços (fees) e o OPEX, o guidance indica -1,5 a + 1,5% (vs. 4,0% e 0,4% em nossas projeções) e provisões para perdas com empréstimos (líquidas de recuperações) de R$ 14-17 bilhões (queda de 30% a/a). Após reportar um lucro líquido ajustado de R$ 13,9 bilhões (ROE de 11,8%) em 2020, o BB espera agora que seu lucro líquido atinja R$ 16-19 bilhões em 2021. No ponto médio de R$ 17,5 bilhões, implica um crescimento de LPA de 26%, apenas 2% abaixo dos números de 2019.
A mensagem do CEO na conferência de resultados é mais importante do que os números do 4T e o guidance de 2021
Em resumo, um trimestre mais fraco, com lucro antes dos impostos caindo 18% t/t e 32% a/a (vs. + 6% e -20% para o lucro líquido). Devido aos pagamentos de impostos de JCP no 4T, a alíquota foi virtualmente zero. No entanto, é justo dizer que o BB provavelmente aproveitou para limpar a casa e começar o ano de uma forma “mais leve”. No final do dia, o guidance para 2021 está muito próximo do consenso. Mais importante do que os números do 4T e o guidance de 2021 é a mensagem do novo CEO Andre Brandão. Será importante vê-lo reiterando a agenda de eficiência, aliada ao plano de vendas/parcerias de ativos (BV e IPO Elo, o que fazer com a Cielo, venda de participação na BB Asset etc.). Tal mensagem é importante para fazer com que as ações do BB sejam reavaliadas. Apesar de um valuation barato, permanecemos Neutros.
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Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primária) – Bancos Latino-americanos podem ser afetados tanto por mudanças econômicas globais quanto locais e estão sujeitos a riscos políticos, de taxa de juros e cambiais. Nossas recomendações são altamente dependentes do nível de risco do país.
Metodologia de Valuation
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primário) – Nossa principal ferramenta de valuation para bancos latino-americanos é o modelo de crescimento Gordon, que trabalha com níveis de lucratividade, custo de capital próprio e taxas de crescimento esperadas. Nosso preço-alvo para 12 meses de R$ 44 é baseado em um ROE sustentável de 14,5%, custo de capital próprio de 14,5% e crescimento de 8%, produzindo um P / BV alvo de 1,00x, que aplicamos em nossa estimativa de BV por ação em meados de 2021.
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
Neutro
Preço alvo: R$44,00
Resultado 2T20
Lucro líquido de R$ 3,3 bilhões (ROE de 11%), redução de 3% t/t e de 25% a/a
O BB divulgou os resultados do 2T, com um lucro líquido de R$ 3,3 bilhões (ROE de 11,3%), queda de 2,5% t/t e de 25% a/a. Embora o lucro líquido tenha sido 2% e 9% abaixo de nossa estimativa e do consenso, vemos os resultados como Neutros para as ações. Pelo segundo trimestre consecutivo, o BB fez provisões adicionais de ~R$ 2 bilhões para enfrentar o COVID-19, mas maiores impairments fizeram com que as provisões “expandidas” aumentassem 7% t/t, mais do que estávamos modelando. Devido a maiores renegociações/períodos de carência, a taxa de inadimplência, assim como de seus pares privados, também melhorou, embora uma leitura adequada da qualidade da carteira de crédito permaneça muito difícil neste momento.
Trimestre sem surpresas; ainda à espera de um novo CEO para atualizar planos para 2021
No geral, foi praticamente um trimestre sem surpresas. Embora o cenário seja definitivamente melhor do que alguns meses atrás, o BB (e todos os outros pares) ainda está reticente em retomar os guidances anuais. Mais importante do que os números do 2T em si, o BB está passando por uma mudança de CEO depois que Ruben Novaes anunciou que está deixando o cargo. A imprensa apontou Andre Brandao (ex-CEO do HSBC no Brasil) como favorito a assumir. A confirmação de um nome é importante para que possamos ter uma visão atualizada dos planos do BB (incluindo desinvestimentos) para 2021. Permanecemos Neutros.
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Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primária) – Bancos Latino-americanos podem ser afetados tanto por mudanças econômicas globais quanto locais e estão sujeitos a riscos políticos, de taxa de juros e cambiais. Nossas recomendações são altamente dependentes do nível de risco do país.
Metodologia de Valuation
Banco do Brasil S.A. [BRBBAS] (Primário) – Nossa principal ferramenta de valuation para bancos latino-americanos é o modelo de crescimento Gordon, que trabalha com níveis de lucratividade, custo de capital próprio e taxas de crescimento esperadas. Nosso preço-alvo para 12 meses de R$ 44 é baseado em um ROE sustentável de 14,5%, custo de capital próprio de 14,5% e crescimento de 8%, produzindo um P / BV alvo de 1,00x, que aplicamos em nossa estimativa de BV por ação em meados de 2021.
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
Este relatório foi preparado pelo Banco BTG Pactual S.A (“BTG Pactual S.A.”) para distribuição somente no Brasil, sob circunstâncias permitidas pela regulamentação vigente. BTG Pactual S.A. é o responsável pela distribuição desse relatório no Brasil. Nada nesse relatório constitui indicação de que a estratégia de investimento ou recomendações aqui citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário e tampouco constituem uma recomendação pessoal. Saiba mais.
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ATLAS INVEST AGENTE AUTONOMO DE INVESTIMENTOS, inscrita sob o CNPJ nº 10.238.123/0001-19 é uma empresa de assessoria de investimento devidamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na forma da Resolução CVM 178. Atuando no mercado financeiro como preposto do Banco BTG Pactual S/A, o que pode ser verificado através do site da ANCORD (https://www.ancord.org.br/
Na forma da legislação da CVM, o assessor de investimento não pode administrar ou gerir o patrimônio de investidores, pois é um preposto do intermediário e depende da autorização prévia do cliente para realizar operações no mercado financeiro. Na realização de operações com derivativos existe a possibilidade de significativas perdas patrimoniais, inclusive superiores aos valores investidos. A assessoria pode exercer outras atividades relacionadas ao mercado financeiro, de capitais, securitário e de previdência e capitalização, que podem ou não ser em parceria com o BTG Pactual ou demais instituições, e que podem ou não ser realizadas pela mesma pessoa jurídica da assessoria.
Especificamente quanto a atividades de gestão, consultoria e análise de valores mobiliários, estas podem vir a ser desempenhadas por empresas do grupo e nunca pela própria assessoria de investimentos, considerando que são atividades conflitantes e que exigem segregação. O investimento em ações é um investimento de risco e rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Para reclamações, favor contatar a Ouvidoria do Banco BTG Pactual S/A no telefone nº 0800-722-0048. Para acessar nossa lista de sócios clique aqui: https://www.sejabtg.com/
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