11/11/2021
Compra
Preço alvo: R$47,00
A Azul é uma das principais companhias aéreas do Brasil (# 1 em partidas diárias) e tem fundamentos sólidos, vantagens competitivas e forte posicionamento de mercado, com base em: (i) liderança de mercado focada em mercados não merecidos, o que cria uma rede capilar única no interior do Brasil; (ii) parcerias globais estratégicas, incluindo codeshares e acordos interline, que permitem à Azul aumentar o alcance de sua rede; (iii) negócios de carga diferenciados, bem posicionados para se beneficiar do crescimento do comércio eletrônico no Brasil. No entanto, os altos níveis de alavancagem da empresa nos levam a uma visão mais cautelosa sobre o nome, sustentando nossa classificação de Neutro.
Azul (AZUL4): Resultado do 3T21
Melhor que o esperado; lucro líquido impactado por perdas cambiais
A Azul reportou resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre. Mais precisamente, a receita líquida totalizou R$ 2,7 bilhões (-10% vs. 3T19, + 60% t / t, 16% acima de nós), enquanto o EBITDA ficou em R$ 486 milhões (vs. R$ 936 milhões no 3T19, -R$ 51 milhões no último trimestre e acima de nossos R$ 358 milhões). Por último, o lucro líquido foi de -R$ 2,2 bilhões (vs. + R$ 526 milhões no 3T19, + R$ 1,1 bilhão no último trimestre), negativamente impactado por perdas cambiais e resultados de derivativos não realizados. Excluindo este último, o lucro líquido teria sido de -R$ 766 bilhões (vs. + R$ 145 milhões no 3T19; -R$ 1,2 bilhão no último trimestre -R$ 903 milhões da nossa estimativa).
PRASK sobe 19% t / t; taxa de ocupação em 80%
O PRASK aumentou 19% t / t (-7% vs. 3T19), enquanto o rendimento aumentou 15% t / t (estável vs. 3T19), impulsionada pela maior demanda interna. O RASK aumentou 13% t / t (estável vs. 3T19), refletindo um aumento t / t no rendimento e na taxa de ocupação. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 80% (vs. 77% no último trimestre e 84% no 3T19). O CASK ajustado sem combustível caiu 20% t / t, mas foi 14% acima do 3T19. Como como resultado, a Azul registrou receita operacional de R$ 2,7 bilhões (+ 60% t / t; -10% vs. 3T19; 16% acima de nós). Os números melhorados t / t e a desaceleração mais suave vs. 3T19 refletem a maior capacidade doméstica no trimestre, que já está 9% acima dos níveis de 2019.
Posição de caixa reduzida para R$ 3,6 bilhões; dívida líquida de R$ 16 bilhões
A Azul encerrou o trimestre com R$ 3,6 bilhões em caixa (contra R$ 4,3 bilhões no último trimestre), refletindo o empréstimo, leasing, pagamentos diferidos e despesas de capital de mais de R$ 1,5 bilhão. Considerando os investimentos de curto prazo e contas a receber, a liquidez imediata da Azul atingiu R$ 5,3 bilhões, estável t / t devido ao aumento de 39% no contas a receber devido a uma melhor tendências de reserva e uma redução na antecipação recebíveis de cartão de crédito. Por fim, a dívida líquida terminou em R$ 16 bilhões, acima dos R$ 14 bilhões no último trimestre devido ao aumento da dívida bruta. Apesar de o endividamento líquido elevado, não há amortizações significativas da dívida nos próximos dois anos. No decorrer do trimestre, a Azul queimou R$ 70 milhões em fluxo de caixa operacional (vs. R$ 219 milhões no último trimestre) consumindo R$ 690 milhões em atividades de financiamento (principalmente devido ao pagamento de dívidas de arrendamento) e gastos de R$ 143 milhões em investimentos com o capex e peças.
Volumes domésticos devem continuar se recuperando; empresa exposta a reabertura econômica
Não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do terceiro trimestre, em vez disso, devem se concentrar na liquidez, gestão de passivos e uma recuperação da capacidade. Com a aceleração da vacinação no Brasil, esperamos a retomada constante do tráfego no final do ano, impulsionada principalmente por viagens de lazer e visita a amigos e familiares. Novas variantes de COVID continuam sendo o maior risco de curto prazo e a imunização ainda é o principal gatilho positivo de curto prazo. Vemos a Azul como uma empresa interessante exposta a rápida recuperação doméstica com a reabertura econômica.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
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Preço alvo: R$47,00
Azul (Azul4) Uma olhada dentro do novo hangar
Comentários da visita hangar de MRO (manutenção, reparo e revisão) em Campinas; discutindo as últimas atualizações
Visitamos o centro de MRO (Manutenção, Reparo, Revisão) da Azul localizado em Campinas (estrategicamente localizada próxima à Viracopos, seu principal hub) e tivemos a oportunidade de discutir as atualizações mais recentes com Abhi Manoj Shah (CRO), gestor responsável pelas receitas da companhia. Principais destaques: (i) o hangar foi inaugurado durante a crise da Covid e permite maior flexibilidade da frota, ajudando a reduzir os custos de manutenção (de 15 a 20% em redução de custos do novo hangar, de acordo com a administração); (ii) os planos da empresa de expandir o hangar nos próximos anos, preparando a companhia para realizar manutenções em todas as suas aeronaves Airbus; (iii) do lado da receita, os indicadores de demanda são animadores, com as tarifas domésticas ultrapassando os níveis de 2019 em 20% e o tráfego de negócios chegando a 65 a 70% dos níveis de 2019; e (iv) a Azul está confiante na evolução de sua divisão de carga, que deve dobrar de tamanho este ano (vs. 2019). No geral, continuamos a ver a Azul como uma empresa de reabertura econômica interessante impulsionado por uma recuperação rápida do tráfego doméstico. Apesar de alguns atrasos na campanha de vacinação no Brasil, os volumes devem continuar mostrando recuperação, enquanto a manutenção interna deve continuar trazendo economia de custos e mais flexibilidade para a companhia aérea. Abaixo listamos os principais destaques da visita.
Hangar inaugurado durante a pandemia; redução de custos já observada
O hangar do MOR (Manutenção, Reparo, Revisão) em Campinas foi inaugurado em março de 2020, com foco na manutenção de aeronaves Airbus, enquanto o hangar da Pampulha é dedicado a aeronaves Embraer E2 e aeronaves ATR. O momento da inauguração foi significativo visto que: (i) funcionou como um estacionamento para aeronaves ociosas durante o pico do surto de Covid; (ii) as restrições internacionais impediam a manutenção de aeronaves realizada fora do Brasil; (iii) além de trazer maior flexibilidade, a manutenção interna também é mais barata (até agora a empresa economizou de 15 a 20% em custos de manutenção). Com 35.000 m² de área construída, o hangar de Campinas tem capacidade para comportar até 8 A320 ou 2 A330 ao mesmo tempo. O complexo emprega mais de 250 funcionários e funciona com 2 linhas de manutenção: uma responsável pelas verificações pesadas, que acontecem a cada dois anos em média, e a outro dedicado à instalação de serviços de wi-fique anteriormente eram realizados fora do Brasil. A Azul planeja expandir o hangar nos próximos anos, permitindo a manutenção de todas as aeronaves Airbus.
Momento positivo para a demanda; viagens corporativas já são 65 a 70% dos níveis de 2019
Os indicadores de demanda estão mais animadores, já que as tarifas domésticas ultrapassaram os níveis de 2019 em 20%, enquanto a empresa está operando com todas as suas aeronaves (com uma taxa de ocupação de 70 a 80%). A Azul continua sendo a única operadora em mais de 80% das rotas que opera (vs. 70 a 75% no ano passado) e até o momento não percebeu nenhum impacto direto desde o início das operações do ITA, uma nova companhia aérea lançada durante a pandemia. Olhando para o futuro, a gestão não prevê quaisquer impactos importantes da nova companhia aérea, dada a baixa sobreposição de suas malhas aéreas. A ITA está focada principalmente em Guarulhos e Santos Dumont, competindo com outras empresas). O tráfego corporativo está em 65 a 70% dos níveis de 2019 e a empresa espera que isso aumente à medida que a campanha de vacinação no Brasil avance (conforme os volumes corporativos continuam a progredir, espera-se que os rendimentos melhorem). Em termos de mercados internacionais, Portugal recentemente está reaberta aos viajantes brasileiros e a Azul anunciou a retomada dos voos também para o Uruguai, com o início das vendas de passagens aéreas para Montevidéu e Punta del Este. Apesar desses eventos, o tráfego internacional deve continuar apresentando uma curva de recuperação mais lenta do que as viagem doméstica.
Divisão de cargo deve dobrar de tamanho este ano; a consolidação continua sendo uma oportunidade
A Azul está confiante na evolução de sua divisão de carga, que deve dobrar de tamanho no final deste ano (vs. 2019). O ganho de participação de mercado vem principalmente do transporte terrestre. Em termos de frota de cargueiros, a Azul opera atualmente 2 B737s, 3 E1s (que deverá aumentar ainda mais para 6) e 3 Cessna. O objetivo é desenvolver novos mercados, especialmente no interior, onde a administração não vê grandes concorrentes. Em relação ao seu acordo de codeshare com a United Airlines, a empresa sinalizou que o acordo expira em meados do ano que vem e o recente acordo da Gol com a American Airlines foi um evento positivo para o setor aéreo. A Azul continua em busca de oportunidades de consolidação, que é visto pela gestão como um processo natural na indústria pós-COVID. Finalmente, em termos de balanço patrimonial, a companhia aérea está trabalhando na renegociação de suas obrigações de curto prazo (principalmente com fornecedores), visando R$ 3 bilhões em liquidez até o final deste ano.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
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Preço alvo: R$47,00
Resultado do 2T21
Trimestre mais forte do que o esperado; lucro líquido impulsionado por ganhos cambiais
Os números da Azul do segundo trimestre foram mais fortes do que nossas estimativas conservadoras. A receita líquida totalizou R$ 1,7 bilhão (-35% vs. 2T19, -7% t/t; em linha conosco), enquanto o EBITDA ficou em -R$ 51 milhões (vs. R$ 733 milhões no 2T19, R$ 98 milhões no último trimestre e à frente de nossa estimativa de -R$ 82 milhões). Por fim, o lucro líquido foi de R$ 1,1 bilhão, impactado positivamente por R$ 2,2 bilhões em variações cambiais e resultados não realizados de derivativos. Excluindo esses efeitos, o lucro líquido teria sido R$ 1,2 bilhão.
PRASK estável t/t; taxa de ocupação de 77%
O PRASK ficou estável t/t (-24% vs. 2T19), enquanto o rendimento aumentou ligeiramente t/t (ainda 17% abaixo 2T19). O RASK aumentou 10% t/t (-13% vs. 2T19), refletindo um leve aumento t/t no rendimento e na taxa de ocupação. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 77% (vs. 76% no último trimestre e 84% no 2T19). O CASK ajustado sem combustível caiu 71% a/a, mas foi 31% acima do 2T19. Como resultado, a Azul registrou receita líquida de R$ 1,7 bilhão (-35% vs. 2T19, -7% t/t; em linha conosco). Apesar de uma forte desaceleração vs. 2T19, a capacidade doméstica está apenas 11% abaixo dos níveis de 2T19 níveis e espera-se que recuperem em breve se os casos de COVID continuarem a desacelerar (os números de julho já estão acima dos níveis de julho de 2019)
Posição de caixa de R$ 4,3bi; dívida líquida cai para R$ 14 bilhões
A Azul encerrou o trimestre com R$ 4,3 bilhões em caixa (contra R$ 2,3 bilhões no último trimestre), impulsionada pela emissão de US$ 600 milhões em dívidas. Considerando os investimentos de curto prazo e recebíveis, a liquidez imediata da Azul atingiu R$ 5,5 bilhões (vs. R$ 3,3 bilhões no último trimestre). Finalmente, a dívida líquida foi de R$ 14 bilhões, abaixo dos R$ 15 bilhões do último trimestre devido a uma maior posição de caixa. Apesar de o alto valor da dívida líquida, não há pagamentos de dívida significativos nos próximos doze meses. No trimestre, a Azul queimou R$ 219 milhões em fluxo de caixa operacional, mas gerou R$ 2,4 bilhões de fluxo de caixa de financiamento (principalmente devido à emissão de títulos) e gastou R$ 122 milhões em investimentos.
Tráfego doméstico deve continuar a se recuperar; uma tese de investimento baseado na reabertura econômica
Apesar de uma forte deterioração em relação ao 2T19, a rápida recuperação da capacidade da Azul foi o principal destaque, com a capacidade doméstica em julho já superando os níveis de julho de 2019. No entanto, com resultados trimestrais fracos, não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do segundo trimestre e, em vez disso, devem se concentrar na liquidez, gestão de passivos e uma recuperação de capacidade. Apesar de alguns atrasos na vacinação no Brasil, esperamos uma recuperação do tráfego se intensificando até o final do ano, impulsionado principalmente por viagens de lazer e visitas a familiares e amigos. As novas variantes de COVID continuam sendo o principal risco de curto prazo e a imunização da população ainda é o principal catalisador de curto prazo. Vemos a Azul como uma empresa exposta a reabertura econômica, com uma rápida recuperação do tráfego doméstico.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
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Preço alvo: R$47,00
Resultado do 1T21
Os números do 1T21, em grande parte, ficaram acima de nossas estimativas; O segundo trimestre consecutivo de EBITDA positivo
A Azul reportou, em grande parte, números melhores do que o esperado no 1T21. Mais precisamente, a receita líquida totalizou R$ 1,8 bilhão (-35% a/a, em linha conosco), enquanto o EBITDA reportado foi de R$ 98 milhões (vs. R$ 654 milhões um ano atrás e acima de nossa estimativa de -R$ 6 milhões). O EBITDA foi impactado em R$ 32 milhões em itens não-recorrentes: (i) R$ 20 milhões em despesas com devoluções de aeronaves; e (ii) R$ 12 milhões em despesas não-recorrentes de reestruturação relacionadas à pandemia de COVID-19. Excluindo esses impactos, o EBITDA ajustado foi de R$ 130 milhões. Por último, o prejuízo líquido reportado foi de R$ 2,6 bilhões (vs. -R$ 6,1 bilhões no ano passado e nossa expectativa de -R$ 1,9 bilhão), impactado por R$ 1,6 bilhão em perdas cambiais. Excluindo os resultados de derivativos não realizados e perdas cambiais, o resultado líquido teria sido de -R$ 1,1 bilhão (contra -R$ 975 milhões no ano passado e melhor do que nossa estimativa de -R$ 1,9 bilhão).
Desaceleração de PRASK t/t no 1T; Taxa de ocupação em 77
O PRASK (receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos) diminuiu 22% a/a (-6% t/t) devido à queda na receita líquida de passageiros e a uma redução do ASK (assentos-quilômetro oferecidos) de 23% a/a (+ 11% t/t) no trimestre. O rendimento caiu 17% a/a (estável t/t), enquanto o RASK (receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) diminuiu 15% a/a (-8% t/t), refletindo diminuições a/a no rendimento e na taxa de ocupação. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 77% (vs. 81% no ano passado). O CASK (ex-itens não recorrentes) ficou estável no ano (-5% t/t), enquanto o CASK (custo por ASK) ajustado ex-combustível também ficou estável no ano (-12% t/t). Como resultado, a Azul registrou receitas operacionais de R$ 1,8 bilhão (vs. R$ 2,8 bilhões no ano passado, -35% a/a, + 2% t/t). Apesar da desaceleração acentuada a/a, o desempenho estável em relação ao trimestre anterior reforça a recuperação da demanda, principalmente no início do 1T21, especialmente considerando que o 4T é sazonalmente um trimestre forte.
Posição de caixa reduzida para R$ 3,3 bilhões; dívida líquida subiu para R$ 15,0 bilhões
A Azul encerrou o trimestre com R$ 3,3 bilhões em caixa (contra R$ 4,2 bilhões no trimestre anterior). O caixa representou 69% da receita dos últimos 12 meses (estável t/t). Considerando os depósitos, reservas de manutenção e outros ativos não onerados, a liquidez total da Azul atingiu R$ 6,3 bilhões (vs. R$ 6,8 bilhões no último trimestre). Por fim, a dívida líquida atingiu R$ 15,0 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões no trimestre anterior devido à desvalorização do Real. Apesar do aumento da dívida líquida, não há amortizações significativas de dívidas nos próximos doze meses. No trimestre, a Azul gerou R$ 552 milhões em entradas de caixa operacionais menos despesas operacionais, mas consumiu R$ 785 milhões em pagamentos para reduzir dívidas e pagar diferimentos, e R$ 317 milhões em investimentos como capex e peças.
Cenário para 2021 e 2022; EBITDA de 2022 deve superar os níveis de 2019
Além dos resultados, a Azul também divulgou seu guidance para 2021 e 2022, projetando seus negócios de carga, liquidez e EBITDA. Principais destaques: (i) a Azul espera dobrar as receitas da Azul Cargo até o final de 2021 vs. 2019, atingindo ~ R$ 1,0 bilhão; (ii) liquidez imediata, incluindo caixa e equivalentes de caixa, investimentos de curto prazo e contas a receber são estimados em ~R$ 3,0 bilhões no final de 2021 (um pouco abaixo dos R$ 3,3 bilhões reportados no 1T, o que significa que eles continuarão a consumir caixa até o final do ano); e (iii) a empresa estima o EBITDA de 2022 de pelo menos R$ 4 bilhões (vs. nossa projeção de R$ 3,7 bilhões), superando os níveis de 2019 (R$ 3,6 bilhões). O EBITDA mais forte do que o esperado reflete a confiança da empresa na melhoria do desempenho operacional, juntamente com iniciativas de corte de custos e um ambiente competitivo racional.
Capacidade doméstica do 1T já acima dos níveis de 2019; 2T desafiador à frente
Apesar de uma forte deterioração a/a, a recuperação rápida da capacidade da Azul foi o principal destaque, com a capacidade doméstica já ultrapassando os níveis de 2019. No entanto, devido a outra queda a/a acentuada, não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do 1T21, focando mais na liquidez, gestão de passivos e recuperação da capacidade. O progresso da implantação da vacina continua sendo o principal catalisador de curto prazo para a ação. Mantemos nossa classificação de Compra para o nome devido à sua alta exposição doméstica, embora reconheçamos o cenário desafiador para o 2T, combinando um trimestre sazonalmente mais fraco com o impacto da segunda onda da Covid no Brasil.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
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Preço alvo: R$47,00
Resultado do 4T20
Embora poluído por itens não recorrentes, os números ajustados do 4T ficaram, em grande parte, acima das nossas estimativas
A Azul divulgou números ajustados do 4T melhores do que o esperado. Mais precisamente, a receita líquida totalizou R$ 1,8 bilhão (-45% a/a, em linha com nossa projeção), enquanto o EBITDA reportado foi de R$ 97 milhões (vs. 1,2 bilhão um ano atrás e abaixo da nossa estimativa de R$ 127 milhões). O EBITDA foi negativamente impactado em R$ 96 milhões em itens não recorrentes, principalmente devido a: (i) remensuração de passivos de arrendamento e ajustes de impairments; (ii) um ajuste em sua reserva de manutenção (devido à utilização de A330s em rotas domésticas para impulsionar as operações de carga e apoiar a recuperação da demanda de passageiros); e (iii) outros custos relacionados a COVID. Excluindo esses impactos, o EBITDA ajustado foi de R$ 193 milhões (52% acima de nossa estimativa). Por fim, o lucro líquido reportado foi de R$ 543 milhões (vs. R$ 873 milhões no ano passado e nossa estimativa de -R$ 231 milhões), impactado positivamente por R$ 1,4 bilhão em ganhos cambiais. Excluindo os resultados não realizados com derivativos e os ganhos cambiais, o prejuízo líquido teria sido de R$ 918 milhões (vs. lucro líquido de R$ 411 milhões no ano passado).
Recuperação de PRASK t/t no 4T; Taxa de ocupação em 81%
O PRASK (Receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos) diminuiu 26% a/a (+ 23% t/t) devido a um declínio na receita líquida de passageiros e uma redução do ASK (Assentos-quilômetro oferecidos) de 33% a/a (+ 99% t/t) no trimestre. Os yields caíram 24%, enquanto o RASK (Receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) diminuiu 18% a/a (+ 11% t/t), refletindo reduções a/a no yield e na taxa de ocupação. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 81% (vs. 83% no ano passado). Quanto ao CASK (ex-itens não recorrentes), aumentou-se 17% a/a (-35% t/t), enquanto o CASK (Custo por ASK), ajustado ex-combustível, aumentou 35% a/a.
Melhor posição de liquidez; dívida líquida caiu para R$ 12,3 bilhões
A Azul encerrou o trimestre com R$ 4,0 bilhões em caixa (ante R$ 1,7 bilhão no último trimestre devido ao capital levantado por meio da emissão de debêntures conversíveis no 4T20). O caixa representou 70% da receita dos últimos 12 meses (contra 32% no último trimestre). Considerando os depósitos, as reservas de manutenção e outros ativos disponíveis, a liquidez total da Azul atingiu R$ 7,9 bilhões (vs. R$ 6,9 bilhões no último trimestre), a maior desde que foi fundada há doze anos. Por fim, a dívida líquida atingiu R$ 12,3 bilhões, abaixo dos R$ 14,7 bilhões do último trimestre. Apesar dos níveis de dívida líquida mais baixos, a alavancagem disparou para 46x (de 11,3x no último trimestre), embora sinalizemos que está métrica não é uma boa referência para a alavancagem, pois o EBITDA dos últimos doze meses foi excepcionalmente baixo devido aos impactos da COVID durante o ano. Destacamos também que a queima de caixa diária no 4T foi praticamente zero.
Os números devem melhorar gradualmente ao longo dos próximos trimestres; nós continuamos com a classificação de Compra
Como números fracos já eram esperados (embora os números ajustados tenham ficado acima das nossas estimativas), não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do 4T. O foco deve ser na liquidez, na gestão de passivos e na capacidade de recuperação. Mantemos nossa classificação de Compra no nome devido à sua alta exposição doméstica.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
–
1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
Compra
Preço alvo: R$47,00
Destaques do Investor Day; recuperação de tráfego mais estável
Participamos do Investor Day virtual da Azul, apresentado pela alta administração da companhia aérea. Principais tópicos discutidos: (i) a demanda continua a se recuperar em um ritmo mais rápido do que o esperado, com a Azul apresentando a segunda recuperação do tráfego doméstico mais rápida em todo o mundo. O ASK (Assentos-quilômetro oferecidos) doméstico do 1T21 já deve superar os níveis de 2019; (ii) a empresa tem como meta uma queima de caixa diária de R$ 1,5 milhão no 4T; (iii) O EBITDA de 2022 deverá superar 2019, impulsionado pela recuperação do volume de viagens a lazer (compensando parcialmente a desaceleração corporativa), ganhos de eficiência e dinâmica competitiva de suporte; (iv) A Azul vê oportunidades de crescimento relevantes na Azul Cargo, Tudo Azul e Azul Conecta nos próximos anos. O evento confirmou nossos pensamentos de que a Azul está apresentando uma recuperação sólida no tráfego e que essa tendência deve continuar, especialmente se uma vacina da COVID for aprovada no Brasil. Também deixou claro o fato de que o caso de investimento da Azul ainda oferece drivers de crescimento interessantes, reforçando nossa leitura positiva sobre o nome. Mais detalhes abaixo:
ASK doméstico deve superar os níveis de 2019 no 1T21
A administração disse que a demanda está se recuperando mais rápido do que o esperado, já que a Azul está entregando a segunda recuperação de tráfego doméstico mais rápida em todo o mundo (atrás apenas da Volaris com sede no México, que já está à frente dos níveis de 2019). A companhia aérea já está operando com capacidade total de ~70% dos níveis de 2019 e espera atingir 85% no 1T21 (para rotas domésticas, eles esperam estar acima dos níveis de 2019). Eles também comentaram sobre a recuperação do segmento corporativo, que deverá responder por 30% da demanda até dezembro (vs. 5% em abril). Olhando para o futuro, eles esperam que o segmento corporativo alcance 80% dos níveis de 2019 até julho. Essa recuperação mais rápida do que o previsto (e acima da média da indústria) é explicada principalmente pela (i) maior força da rede da Azul sobre o último ano, reduzindo sua sobreposição de rota para 24% (vs. 30% um ano atrás); e (ii) rede mais ampla e maior conectividade devido ao recente codeshare com a Latam Airlines. Em termos de tarifas corporativas, a Azul registrou uma queda mais suave do que seus principais concorrentes no 3T (-8% a/a vs. média de seus pares de -21%).
EBITDA de 2022E maior do que 2019; Viagens de lazer devem compensar parcialmente a desaceleração de viagens corporativas
A administração também lançou luz sobre a estratégia de preservação de caixa da Azul para os próximos trimestres, que visa a queima de caixa líquido diário de R$ 1,5 milhão para o 4T. O rendimento de seus títulos já está próximo aos níveis anteriores à crise. Em 2022, a empresa espera apresentar EBITDA superior ao de 2019, mesmo com menor demanda corporativa. Segundo eles, os principais ganhos de EBITDA virão de: (i) maior tráfego de lazer, que deve compensar parcialmente a desaceleração corporativa; (ii) ganhos de eficiência com: (a) reconstrução da empresa com produtividade superior (principalmente via redução de mão de obra e frota recente); e (b) influência das mudanças no comportamento do consumidor durante a pandemia; e (iii) dinâmica competitiva (menos sobreposições de rotas e uma rede mais ampla). Eles também planejam adicionar aeronaves de última geração à sua frota, que é a pedra angular da estratégia de expansão de margem da Azul devido aos custos de viagem e assentos mais baixos esperados.
Muitas oportunidades de crescimento; nós mantemos nossa classificação de Compra
A administração vê muitas oportunidades de crescimento: (i) Azul Cargo, que tem apresentado forte desempenho desde a COVID, principalmente na mudança do varejo físico para o e-commerce; (ii) programa de milhagem, que está apresentando receitas resilientes, com uma recuperação de aproximadamente 60% no 3T. Recentemente, eles lançaram um cartão co-branded, que foi o terceiro cartão co-branded mais usado durante a Black Friday; e (iii) Azul Conecta, com foco no desenvolvimento de novos mercados. A Azul tem como meta atender 200 cidades sob o guarda-chuva do Azul Conecta no curto prazo. No conjunto, o tom geral foi positivo e trouxe uma perspectiva favorável para a empresa, confirmando que a demanda está se recuperando em um ritmo mais rápido do que o esperado.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
Compra
Preço alvo: R$47,00
Mantemos nossa preferência pelas aéreas locais
Neste relatório, revisamos nossas estimativas para as empresas aéreas em nossa cobertura. Assim, estamos incorporando nossas expectativas mais recentes de capacidade e yields, bem como ajustando nossas premissas operacionais e financeiras. Resumindo, estamos atualizando nosso rating para Azul de Neutro para Compra, aumentando o preço-alvo de R$26 para R$47 (27% de potencial de valorização). Estamos mantendo nosso rating de Compra na Gol, mas aumentando nosso preço-alvo de R$ 27 para R$ 31 (35% de potencial de valorização). O fluxo de notícias sobre a segunda onda de COVID representa a principal ameaça de curto-prazo para a indústria, enquanto o desenvolvimento de potenciais vacinas deve se intensificar nos próximos meses, afetando positivamente o desempenho das ações do setor. Nesse segmento binário e altamente volátil, mantemos nossa preferência por empresas domésticas como Gol e Azul.
Azul: Atualizando de Neutro para Compra; bom gerenciamento dos passivos
Estamos atualizando o rating da Azul de Neutro para Compra e aumentando nosso preço-alvo de R$ 26 para R$ 47, pois acreditamos que desde nosso relatório de início de cobertura em junho, a empresa apresentou um desempenho operacional mais forte do que o esperado e fez um bom trabalho em termos de gestão de passivos. Dentre as principais iniciativas da Azul para melhorar a liquidez, destacamos: (i) emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures conversíveis; (ii) acordo com arrendadores proporcionando alívio de capital de giro equivalente a R$ 3,2 bilhões desde o início da crise até dezembro de 2021; e (iii) acordos comerciais com múltiplos parceiros financeiros para alongar o prazo de pagamento de parte de sua dívida, retirando R$ 657 milhões da dívida de curto prazo. A alavancagem continua sendo nossa principal preocupação de curto prazo, mas reconhecemos que a empresa não possui vencimento de dívida no curto prazo, o que nos deixa mais confortáveis com a recomendação.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
Compra
Preço alvo: R$26,00
Resultado do 3T20
Números do 3T, no geral, vieram abaixo de nossas estimativas; Itens não recorrentes ajudaram no resultado
A Azul divulgou números do 3T mais fracos do que o esperado (estávamos abaixo do consenso). Mais precisamente, a receita líquida totalizou R$ 805 milhões (-73% a/a, 12% abaixo de nós), enquanto o EBITDA caiu para R$ 198 milhões (de R$ 920 milhões um ano atrás e -R$ 81 milhões de projeção do BTG). O EBITDA foi impactado positivamente em R$ 456 milhões por itens não recorrentes, devido aos novos termos de leasing com os locadores, que incluíram diferimento de pagamentos, descontos e modificações contratuais. Além disso, as regras do IFRS16 exigem a remensuração do passivo de arrendamento para refletir os termos modificados, usando uma taxa de desconto apropriada determinada na data de modificação, contra o ativo de direito de uso. Essa remensuração gerou um ganho líquido, que foi tratado como não recorrente juntamente com outras despesas relacionadas à reestruturação da frota da Azul em relação à pandemia da COVID-19. Excluindo este impacto, o EBITDA ajustado foi uma perda de R$ 258 milhões (abaixo da nossa expectativa de -R$ 81 milhões). Por último, o prejuízo líquido reportado foi de R$ 1,2 bilhão (-R$ 1,7 bilhão excluindo os itens não recorrentes) contra um prejuízo líquido de R$ 551 milhões no ano passado e nossa estimativa de -R$ 0,4 bilhão. O resultado financeiro também foi impactado por resultados líquidos de hedge não realizados e ganhos e perdas cambiais. Sem esses impactos, o prejuízo líquido teria sido de R$ 1,2 bilhão.
Tendência fraca das métricas unitárias no 3T, que devem se recuperar gradualmente no 4T; Taxa de ocupação em 78%
O PRASK (receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos) diminuiu 35% a/a devido à queda na receita líquida de passageiros e uma redução de ASK (assentos-quilômetro oferecidos) de 67% no trimestre. Os yields (valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro) caíram 30%, enquanto a RASK (receita operacional por quilômetro oferecido) diminuiu 20% a/a, refletindo menor taxa de ocupação e yields. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 78% (vs. 84% no ano passado). Ainda, o CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) aumentou 79% a/a e o CASK ajustado excluindo-se combustível aumentou 125% a/a.
Impressionantes +R$ 8 bilhões em economia de caixa; Alavancagem subiu para 11,3x
A Azul também comentou sobre o Plano de Gestão executado com sucesso, gerando +R$ 8 bilhões em economia de caixa entre março de 2020 e dezembro de 2021, acima dos R$ 7 bilhões originalmente previstos, impulsionados por: (i) ativos de liquidez imediata, incluindo caixa e equivalentes, investimentos de curto prazo e contas a receber foram de R$ 2,30 bilhões, contra R$ 2,25 bilhões no último trimestre (sem incluir os R$ 1,7 bilhão recentemente levantados em debêntures conversíveis) e (ii) passivos de arrendamento caíram 8% t/t para R$ 12,8 bilhões, como a resultado de renegociações de contratos, incluindo diferimentos de pagamentos, descontos e alterações contratuais e (iii) recuperação mais rápida do que o esperado. Em suma, a alavancagem financeira líquida da Azul (ajustada pelo contrato de arrendamento fechado após o 3T) aumentou para 11,3x dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses (de 6,4x no último trimestre). Apesar dos altos níveis de alavancagem, sinalizamos que a empresa fechou acordos comerciais com diversos parceiros financeiros para alongar os prazos de pagamento de parte de sua dívida, retirando R$ 657 milhões da dívida de curto prazo
Consumo de caixa estimada em R$ 1,5 milhão no 4T; continuamos com o rating Neutro
A Azul também divulgou novas projeções para o 4T: (i) consumo de caixa médio diário estimado em R$ 1,5 milhão (queda em relação aos R$ 2,5 milhões anteriormente); (ii) ASK deve atingir 70% dos níveis pré-COVID até dezembro (acima dos 60% anteriores); e (iii) o pagamento de aluguel deve ser de R$ 324 milhões no 4T (-60% vs. plano original). Em nossa opinião, os investidores devem prestar menos atenção aos resultados do 3T, uma vez que já se antecipavam números fracos, enquanto o foco principal deve continuar a ser a gestão de liquidez e passivos. Mantemos nosso rating Neutro para o nome devido a preocupações com a alavancagem.
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – As companhias aéreas brasileiras retêm uma exposição cambial significativa, pois aproximadamente 60% de seus custos são atrelados ou denominados em dólares (incluindo combustível, arrendamento de aeronaves, seguro e certos custos de manutenção). A instabilidade geopolítica pode levar a uma volatilidade significativa do preço do combustível de aviação, o que, por sua vez, pode desencadear volatilidade no desempenho das ações. O combustível é responsável por cerca de 40% dos custos operacionais totais. A infraestrutura de controle de tráfego aéreo e aeroportuário do Brasil se mostrou inadequada no passado recente, muitas vezes levando a interrupções no serviço que resultam em erosão das margens.
Metodologia de Valuation
AZUL LINHAS AEREAS BRASILEIRAS S.A. [BRAZUL] (Primário) – Nosso preço alvo de 12 meses é baseado em um múltiplo EV / EBITDAR justo
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1 Nos últimos 12 meses, Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias receberam compensação por serviços de banco de investimentos desta companhia.
2 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, esperam receber ou buscam compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
4 Esta companhia é ou foi, nos últimos 12 meses, cliente do Banco BTG Pactual S.A., e serviços de banco de investimento estão sendo ou foram providos.
6 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas recebem compensação por serviços prestados ou apresentam relações comerciais com a companhia objeto, entidade ou pessoa, entidade ou fundos que representem os mesmos interesses da companhia/entidade.
18 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não possuem participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) em uma ou mais classe de ações de emissão desta companhia.
19 Banco BTG Pactual S.A., suas afiliadas ou subsidiárias não coordenaram oferta pública de ativos da companhia.
20 Banco BTG Pactual S.A. e/ou suas afiliadas não atuam como formador de Mercado de ativo de emissão desta companhia.
22 Banco BTG Pactual S.A, suas afiliadas ou subsidiárias, não esperam receber compensação por serviços de banco de investimento e/ou de outras áreas de negócios desta companhia nos próximos três meses.
Este relatório foi preparado pelo Banco BTG Pactual S.A (“BTG Pactual S.A.”) para distribuição somente no Brasil, sob circunstâncias permitidas pela regulamentação vigente. BTG Pactual S.A. é o responsável pela distribuição desse relatório no Brasil. Nada nesse relatório constitui indicação de que a estratégia de investimento ou recomendações aqui citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário e tampouco constituem uma recomendação pessoal. Saiba mais.
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